O olhar da cultura sobre a mulher sozinha

Os tempos atuais trouxeram novas perspetivas à educação e ao trabalho da mulher diante dos desafios que enfrentam. Em algumas culturas houve um retrocesso na liberdade da mulher para estudar e trabalhar. Em outras culturas ha liberdade para trabalhar e estudar mas a mulher sofre outros tipos de pressão.

Agora, quanto à mulher soteira, separada ou divorciada ou viúva, os enfrentamentos sao diferentes daqueles enfrentados pela mulher casada. Ainda há preconceitos de diferentes formas. A solteira – porque nao casou ainda? A separada ou divorciada – o que aconteceu que não deu conta do casamento; o que nao deu certo? A viúva – quando vai casar novamente?

A cultura e a mulher solteira divorciada ou viúva

Estas são perguntas constantes que elas escutam e as respostas independem de suas vontades. Sao perguntas que machucam porque casar é um desejo das solteiras, experimentar um bom relacionamento conjugal é o desejo de muitas separadas ou divorciadas e algumas viúvas desejam ter novamente um companheiro de caminhada. Mas, nem sempre estes desejos sao realizados. e como lidar com estas frustrações?

Quando se trata daquela sozinha, mulher multicultural, ou seja, aquela que vai para uma outra cultura para estudar, trabalhar ou desenvolver algum trabalho social os desafios sao muito maiores. Primeiro porque elas tem biotipo diferente das mulheres locais e isto chama mais atenção, depois o fato de ocuparem uma posição de certo destaque naquilo que fazem, terem uma autonomia diferente das mulheres locais, tudo isto e mais um pouco ja é o suficiente para olhares “diferentes” sobre ela.

A mulher multicultural sozinha precisa ter uma clareza muito grande sobre si mesma, quem ela é, ser firme nos seus valores para ter segurança para se posicionar nas diversas situações, ter consciência das suas vulnerabilidades e potenciais. Isto é possivel a partir de um bom autoconhecimento.

Transição Cultural - Lea Marcondes

O conhecimento sobre si abrange também o reconhecimento sobre suas emoções. A mulher multicultural vivencia emoções intensas relacionadas ao ser sozinha numa cultura onde as mulheres com mais idade estão casadas. A solidão surge com mais forca principalmente quando é necessário resolver situacoes dificeis ou diferentes e ela não tem com quem compartilhar ou trocar ideias. Escuto com frequencia que o sentimento de solidão é maior nos finais de semana onde ela vê familias fazendo atividades juntos, se reunindo para aguma comemoracao e ela está sozinha.

Acho importante diferenciar os sentimentos de solidão e de solitude para entender em que momentos eles se manifestam. A solidão nos remete a uma falta, a sensacao de estar isolada, desconectada das pessoas. Este sentimento pode desencadear depressao se ela é continua. A solitude é um sentimento de estar bem consigo mesma em qualquer situacao, estar “resolvida” em relação ao seu status. A passagem da solidão para solitude envolve um processo de identificação destes sentimentos.

Quer ajuda para lidar com a solidão?

Não fique sozinha! Eu sei como é difícil estar sozinha numa outra cultura. Agende um horário sem compromisso para conversar comigo e vamos caminhar juntas!

Léa Marcondes

Terapeuta especialista em Transição Cultural. Ajuda pessoas e famílias a se prepararem emocionalmente para uma mudança de país, ajustando o seu projeto de vida aos novos desafios. Também as acompanha para que enfrentem de forma mais saudável as adaptações na nova cultura, evitando que fiquem confusas, perdidas ou em depressão neste momento tão importante de suas vidas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima