O encontro do desencontro soa doído na alma,
Soa um profundo gemido,
Soa a impossibilidade do encontro.
O enigma do encontro se faz indecifrável, indisponível.
Será que um dia vou descobrir?
Voz que soa doce,
Voz que soa triste.
Porquê?
Suspiro que anseia por respostas, que anseia preenchimento…
Haverá respostas?
Meu coração tremula e olha o presente com profunda tristeza pelo caminho traçado.
Caminho que não volta mais,
Onde o sonho foi alterado e não foi cumprido.
Desejo que ficou frustrado.
É possível reconstruir o sonho?
Não sei!
Não vejo saídas,
Não vejo caminhos de reconstrução.
A ruptura cresce aos meus olhos
E o meu coração confirma a impotência da união.
A terra está seca e árida,
Sem nutrientes, sem vegetação.
As sementes não tem mais vida,
O tegumento está coberto de carne desidratada.
Não há mais a água que traz a vida.
O enigma do encontro continua sem respostas!
O corpo chora a tristeza contida,
Sofre a história perdida,
Geme pela história de amor não acontecida.
O encontro foi um desencontro etéreo,
Doce,
Transcendente,
Subliminar…
O desencontro foi um real encontro!
Um dia haverá o encontro esperado…
Lea Rocha Lima e Marcondes
07/2003