Passagens compradas, malas prontas, roupas para a viagem já escolhidas, livros, brinquedos e passa tempo para se distrair durante o voo e espera nas conexões. Neste tempo de pandemia, restrições e muitas regras de cuidados, testes antecipados, máscaras e quarentena quando chegam ao novo país. O que fazer com as “borboletas” que insistem em “voar enlouquecidas” na barriga?
Emoções contraditórias e expectativas recheadas de incertezas, saudades antecipadas dos queridos que ficam e estarão presentes apenas nas memórias, de histórias de vida que neste dia viram a página para que uma nova história possa começar a ser escrita. Pois bem, o avião aterrizou e novas paisagens e vozes iniciam. O que fazer agora? Tudo novo: comidas, roupas, língua, trânsito, costumes, nova cultura.
O impacto inicial ao mudar de país
Primeiros dias na nova terra: aproveite os dias de quarentena para descansar para dormir e relaxar porque emoções cansam muito. Procure fazer o ciclo do dia nos horários do país que se encontra, ir dormir no horário local mesmo que teu corpo ainda não entenda.
Procure se alimentar de comidas mais naturais como frutas, verduras e legumes já conhecidos com os condimentos com os quais já está acostumado. Lembrando de comê-los sempre cozidos, nada cru e nem comida de rua. Teu trato intestinal ainda não está preparado para receber os microrganismos locais desconhecidos.
Beba muita água, de preferência mineral, ou fervida ou bem filtrada. Você ainda não conhece como é o processamento da purificação da água local. A água vai ajudar o metabolismo do trato digestivo, pois emoções alteram o seu funcionamento. Veja filmes, documentários com assuntos locais, mesmo que ainda não entenda a língua.
O visual e o som da língua vão auxiliar o cérebro a registrar o novo e começar a “despertar” para a nova realidade. Veja desenhos infantis já conhecidos para escutar a língua local numa linguagem mais fácil.
Vai dar tudo certo
Estes primeiros dias também podem ser aproveitados para dar início às pesquisas burocráticas. Comece buscar orientações sobre os documentos locais, os quais precisa se registrar. Se for possível busque orientações de pessoas locais. Não se envergonhe de perguntar uma, duas, três vezes, o quanto for necessário para compreender melhor os caminhos burocráticos:
- Que documentos podem dar início online?
- É possível agendar uma data para se apresentar, levar documentos solicitados?
- Qual é a sequência de documentos que você precisa fazer?
- Existem prazos para estes registros?
- Como alugar uma casa?
- A escola das crianças pode ser selecionada antes de alugar a casa?
- Como revalidar os seus diplomas e certificados profissionais?
Todas as demandas externas são importantes tanto quanto as demandas internas: emoções que eclodem “do nada”, inseguranças diante do desconhecido, sensação de impotência pela dificuldade de compreensão da língua e dos costumes, são tantas as variáveis!
O choque cultural eventualmente vai passar
O choque cultural vem a galope e não pede licença, nem se desculpa. É necessário ter força e coragem para enfrentá-lo cara a cara. É um processo que pode ser minimizado quando acompanhado por profissional com experiência em vivência transcultural.
O choque cultural tem fases com demandas específicas. Estas precisam ser bem processadas para poder seguir adiante sem deixar pendências que possam eclodir mais para a frente.
O que fazer? Não ande sozinho! Não deixe suas emoções controlarem sua nova caminhada. Tenha calma, cada dia é um novo dia.
Continue aprendendo sobre os desafios de mudar de país:
Se quiser saber mais sobre o processo da chegada e do choque cultural pode falar comigo, te aguardo!